Continuamos enfrentando os perigos do aumento do contágio pelo coronavírus e o Brasil enfrenta um recorde em mortes de grávidas e puérperas por covid-19, sendo que, neste momento, 77% dos casos mundiais acontecem aqui em nosso país, segundo o International Journal of Gynecology & Obstetrics. Diante do alto risco de transmissão, é muito importante que gestantes redobrem seus cuidados para que, tanto elas quanto seus bebês, permaneçam saudáveis. 

 

Já o Manual de Recomendações para a Assistência à Gestante e Puérpera frente à pandemia de covid-19 desenvolvido pelo Ministério da Saúde aponta que embora as gestantes geralmente enfrentem quadros leves/moderados, cerca de 1 a 5% necessitam de suporte ventilatório e/ou cuidados em unidade de terapia intensiva (UTI). O maior risco de complicações acontece no último trimestre da gravidez e no puerpério e há uma mortalidade maior em gestantes com doenças cardíacas, diabetes e obesidade.

 

Neste contexto, a telemedicina surge como uma aliada para quem está grávida, pois parte do pré-natal pode ser realizado por meio de teleconsultas que complementariam o atendimento presencial, evitando a exposição das gestantes durante a pandemia. Mas é necessário ressaltar que o acompanhamento deve ser feito, pois pode prevenir ou detectar alguma doença na mãe ou no bebê.

 

 

OS CUIDADOS DAS GESTANTES EM ÉPOCA DE PANDEMIA

 

 

Para que permaneçam saudáveis, as gestantes devem manter-se em movimento e bem hidratadas, o que reduz o risco de coágulos sanguíneos. Além disso, recomenda-se uma dieta saudável e exercícios feitos regularmente.

 

Para diminuir o risco de infecção pelo coronavírus, as medidas são as mesmas preconizadas pelas autoridades sanitárias: 

 

  • Isolamento social;

  • Lavar as mãos frequentemente;

  • Uso de máscara e álcool em gel, caso seja necessário sair de casa;

  • Evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios; 

  • Caso haja alguém suspeito de Covid-19 dentro de casa, fazer a separação de ambientes e utensílios de cama, mesa e banho.

 

O Ministério da Saúde recomenda às gestantes que optaram por cesárea realizar três dias antes do parto o exame para Covid-19 para assim programar melhor a internação. Se o resultado for positivo, ela e o recém-nascido deverão ser isolados. Neste caso, o acompanhante não poderá ser de grupo de risco, nem estar com sintomas de gripe e deverá ser submetido à triagem clínica.

 

 

A TELEMEDICINA EVITA A EXPOSIÇÃO DE GESTANTES

 

 

Não há dúvidas de que as consultas rotineiras devam ser realizadas para o bem das gestantes e dos bebês. Mas, para evitar possíveis contágios, parte do pré-natal pode ser realizado à distância. Afinal, a telemedicina chegou para superar barreiras geográficas, encurtando distâncias entre médicos e pacientes. As consultas presenciais podem acontecer em datas intercaladas com atendimentos remotos, possibilitando à mulher sair de casa menos vezes durante a gestação.

 

Retornos de exames, orientações e esclarecimentos de dúvidas podem ser feitos remotamente. Ter um aparelho de pressão e uma balança na casa das pacientes para que elas possam aferir a pressão arterial e o peso e transmitir essas informações aos médicos durante a teleconsulta também é de grande valia.

 

Para as pacientes que apresentam algum sintoma agudo, como: sangramento, diminuição da movimentação fetal, pressão alta, dor de cabeça, mal-estar, tontura e náuseas, além de urgências obstétricas, como contrações, dores abdominais, barriga dura, perda de líquido pela vagina, hemorragia e sinais de trabalho de parto, as consultas devem ser presenciais. E em qualquer outra situação que seu médico acredite ser necessário.

 

A plataforma Conecta Médico possui uma ampla rede de médicos especialistas, entre eles: ginecologistas e obstetras, que permitem a melhor experiência em teleconsultas, reduzindo os riscos das mulheres gestantes em plena pandemia.