A hemofilia A é um distúrbio na coagulação do sangue causado pela deficiência na produção das proteínas fator VIII no sangue, que têm como a principal função impedir o sangramento prolongado em cortes e machucados. 
Quando cortamos ou machucamos alguma parte do corpo e começa a sangrar, as proteínas  responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo entram em ação para conter o sangue e permitir a cicatrização. Assim, ocorre a coagulação.
Os hemofílicos não possuem essas proteínas e quando sofrem algum sangramento, o mesmo tem uma duração maior do que os não hemofílicos, o que pode comprometer  significativamente  as articulações em caso de sangramentos recorrentes.
 
A hemofilia é, na maioria das vezes, hereditária e transmitida pela mãe para o filho do sexo feminino por meio de um gene recessivo presente no cromossomo X. Por isso, os casos de mulheres afetadas por hemofilia são muito raros, e a maioria  dos pacientes com hemofílicos são do sexo masculino.
Segundo um estudo publicado pelo laboratório Roche, aproximadamente 50% a 60% das pessoas com hemofilia A têm a forma grave da doença com sangramentos frequentes nos músculos ou articulações.
Os sangramentos podem causar problemas graves de saúde, pois podem ocasionar  dores, inchaço crônico, deformidades, dificuldade de mobilidade e danos nas articulações a longo prazo, além de colocar em risco a vida dos portadores se acontecerem em órgãos vitais.
 
Sintomas e diagnóstico
Por ser uma doença hereditária, a hemofilia pode ser diagnosticada quando o paciente ainda é muito jovem.
Os sinais e sintomas podem ser:
  • Equimoses;
  • Sangramento em músculos e articulações;
  • Sangramento espontâneo;
  • Sangramento prolongado após um pequeno trauma ou cirurgia.
 
Tratamento
O tratamento da hemofilia acontece a partir da reposição do Fator VIII, seja recombinante (produzido por engenharia genética) ou derivado de plasma. A maioria das formulações necessitam que infusões intravenosas sejam feitas várias vezes por semana, o que pode se tornar um fator de desistência do tratamento.
Outra limitação que o tratamento apresenta é o desenvolvimento de anticorpos, produzidos pelo sistema imunológico, que reconhecem o Fator VIII reposto como um elemento estranho e o atacam.
Uma pessoa em cada quatro (25%–30%) com hemofilia A grave desenvolve tais inibidores contra o Fator VIII, e essa condição tem como consequência a limitação de opções terapêuticas para esses pacientes, além da necessidade de infusões mais frequentes e de indução de imunotolerância (ITI), sendo administradas doses muito altas de fator VIII por longos períodos.
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