O surgimento do Sars-CoV-2 apresentou um desafio sem precedentes para os profissionais de saúde em todo o mundo, provocando impactos globais na saúde, na política e na economia. Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública de interesse internacional e, em março, sua configuração pandêmica.

 

Telemedicina e o isolamento social
Telemedicina e o isolamento social

Mais de um ano e meio depois, com o aumento da população vacinada, uso de máscaras e outras medidas para diminuir a propagação do coronavírus, aos poucos, o mundo vai retomando uma rotina mais parecida com a que vivia antes da pandemia.

 

No entanto, a batalha ainda não está ganha: é fundamental continuar testando, diagnosticando e tratando os pacientes com Covid-19 para manter quem estiver contaminado isolado e, desta forma, diminuir o contágio.

 

A telemedicina tem sido uma ferramenta bastante eficaz ao longo da pandemia, permitindo que pacientes com sintomas leves sejam tratados no conforto de suas casas, com o suporte necessário durante o isolamento, além do acolhimento emocional.

A solução faz parte de uma série de inovações que têm contribuído para aumentar o acesso à saúde. É por meio do telemonitoramento que o paciente se sente mais seguro para enfrentar a doença, pois recebe:

 

  • Orientações médicas com os cuidados a serem tomados durante o isolamento domiciliar, higienização das mãos e do local, entre outros;
  • Prescrição online - caso haja necessidade de medicamentos para atenuar os sintomas - e envio de pedido de exames de forma online;
  • Acompanhamento de sinais de agravamento e da necessidade de atendimento presencial;
  • Monitoramento do término do período de isolamento, após a quarentena;
  • Levantamento de pessoas que residem no mesmo lugar e estão com sintomas de síndrome gripal, precisando de atendimento (principalmente indivíduos de grupos de riscos: gestantes, puérperas, crianças, idosos, imunocomprometidos, doenças crônicas);
  • Avaliação em saúde mental.

 

A interação online com o médico proporciona tratamento correto, prescrição digital e análise de resultados de diferentes exames, garantindo mais bem-estar aos pacientes que estão enfrentando vírus. Com o monitoramento à distância por meio de aparelhos e dispositivos conectados à internet, os dados sobre a saúde do paciente podem ser transmitidos e analisados em tempo real, salvando vidas e evitando retornos desnecessários ao pronto atendimento presencial.+

 

Vale ressaltar que o telemonitoramento pode auxiliar a assistência à saúde, permitindo a monitorização de diversos leitos de UTI à distância por equipes multidisciplinares, e um menor contato direto do profissional de saúde com o paciente, já que a captação dos sinais vitais e dos dados dos dispositivos conectados no paciente são automaticamente inseridos no prontuário eletrônico, após validação. Estes dados auxiliam a teleinterconsulta, onde médicos especialistas e mais experientes podem ajudar remotamente na condução de casos complexos, vencendo as barreiras geográficas de um país grande como o Brasil.

 

Em se tratando de uma doença nova como o Coronavírus, é impossível acompanhar o avanço das informações sem uso da tecnologia e trabalho colaborativo. Imagine o desafio que é, para um médico pouco experiente cuidar de doente em estado crítico. Com a teleinterconsulta, profissionais de referência em terapia intensiva e infectologia podem disseminar seu conhecimento utilizando a telemedicina. Essa interação contínua é importante, inclusive, para os profissionais de saúde, pois resulta num relacionamento mais humanizado e satisfatório. Todos saem ganhando.